Estilo? metrô!

O post de hoje, pega carona no post da Isabel (Casa de Juntados), que pergunta: " qual o estilo de sua casa?"

Bem, o estilo da casa que carrego nas costas ( é que levo vida itinerante) é rústico puro. Daquelas casas de fazenda, com móveis escuros e pesados e estofados em couro.

Minha louça segue o mesmo estilo, a maioria de cerâmica na cor terracota. Nossos quadros têm cavalos ou alguma madeira entalhada ( vide o post do gaúcho ) porque quando casei, sabia que moraria em vários lugares e sempre ( ou quase sempre) longe de casa. Por isso optamos por uma coisa que nos remetesse às coisas do Sul, do estilo de vida do gaúcho. E minha casa é bem isso.

Gosto do marrom, me sinto bem num ambiente assim. Meus olhos se sentem confortáveis na penumbra. Mas aqui no nordeste, meus móveis são absurdamente ridículos e fora de contexto. Por essa razão, jurei que só porei fogo neles, digo, só farei algo a respeito, quando eles voltarem ao seu habitat natural, sem a influência deste meio....rsss.

Como contra-ponto, decorei a Casa da Uva de forma mais moderna e clean. E como gosto de vermelho, essa foi a cor escolhida.

Mas...como a idade tá chegando e já não tenho mais paciência para ficar limpando estatueta, vasinho, enfeitinho e coisinhas ( e contar só com secretária não dá), estou repensando toda essa questão de "estilo".

Não quero mais um móvel grande, cheio de nichos e coisinhas, prá perder meu tempo e minha paciência limpando. Acho que agora quero muito o estilo "fácil de limpar e gostoso de viver".

Todo esse processo de organização tem reforçado ainda mais essa certeza dentro de mim. Estou guardando o máximo de kinkas que posso, com a intenção de não ter mais contato visual com elas. Ainda não pretendo me desfazer de algumas coisas, mas sinto que esse é o começo para esse fim porque certamente me livrarei de outras tantas.

Ficarei com alguns livros, meus CD's preferidos e meus quadros - todos ou quase todos comprados diretamente das mãos de seus autores e cada um com sua história - teve um deles que troquei por uma máquina de lavar louças!

Sério, a artista era minha vizinha e contou que trocaria qualquer quadro dela, por uma máquina. E eu, que não sou adepta dessa tecnologia ( a gente quase tem que lavar a louça, antes de colocar na máquina, pô!) tinha uma guardada havia dois anos. Saí feliz com meu cavalo ( o quadro era um cavalo!) e ela mais ainda com sua máquina que, para meu alívio, funcionou perfeitamente.

Quero apenas móveis funcionais e práticos, coisas leves e de fácil manutenção. Se forem pesados, que nem um tornado os levante do lugar - muito menos eu.

Quero uma cozinha aberta, onde se possa receber, rir, chorar , cantar e até, quem sabe, cozinhar.

Minha amiga Yvone, certa vez usou um termo que amei: metrô.
A cozinha está bagunçada e a secretária só vem na terça? joga tudo no metrô!
Tomou banho, fez chapinha, maquiagem e o marido já está impaciente? ( eu não entendo os homens!) metrô nos adereços!

A sogra tá chegando? (elas sempre chegam nas piores horas) metrô na desordem!
Pois eu quero uma casa mais metrô e menos puleiro.

Pós-postagem: como sei que vai ter gente curiosa sobre o quadro do cavalo, (né Margaret?) aqui vai ele.